Rotas de avião fecham o ano em uma sala de aula em Guarulhos

O estudante de aviação Allan Igor Andrade de Siqueira nunca tinha se colocado na posição de ensinar sobre sua futura área de atuação até que se deparou com uma pergunta de estudantes de Guarulhos, cidade de São Paulo onde fica o maior aeroporto do Brasil, sobre as rotas de avião que passam sobre suas cabeças. Eles pediam, no Quero na Escola, um voluntário para falar sobre o assunto.

Allan se cadastrou como voluntário, preparou um material e a atividade ocorreu neste fim de ano letivo. Conta que chegou meio inseguro no começo, mas com a recepção calorosa dos alunos logo tudo ficou tranquilo e a apresentação com slides acabou se tornando uma conversa.

O autor do pedido foi o estudante Gustavo Luiz Cassemiro Goldoni da escola estadual Milton Cernach. “Eu queria entender o que acontece quando os aviões se cruzam no ar”, contou. Nosso voluntário explicou que um avião vai um pouco pra mais pra cima pra deixar o outro passar, tudo coordenado desde a saída e com possibilidade de ajustes durante o caminho. Por mais simples que fosse a informação, tratar de um tema tão próximo deles e diferentes foi marcante. Adoraram saber também que as aeronaves têm buzinas.

A professora Renata Araújo acompanhou a atividade e acha que, no próximo ano, mais estudantes vão se sentir à vontade para solicitar ajuda de colaboradores voluntários.

Claro que, com as férias aí, estes estudantes gostariam mesmo é de viajar dentro das aeronaves, mas a aula não deixou de ser uma viagem prazerosa.

O que mais você gostaria de aprender na sua escola?

Voluntário se sensibiliza e consegue computador para estudante que apoia

Desde setembro de 2021, quando ainda havia escolas fechadas ou abrindo parcialmente devido à pandemia de Covid, o especialista em educação financeira Jorge Kazuo conversar online com a estudante Emanuelle Oliveira, que se inscreveu no Quero na Escola para saber mais sobre finanças pessoais. Ele mora em São Paulo, ela em Niterói, no Rio de Janeiro e já falaram sobre aposentadoria, investimentos, previdência e equilíbrio emocional e, no meio disso tudo, sobre a falta que faz um computador. Ela, como milhões de estudantes no Brasil, acessa a internet apenas pelo celular.

Em 2022, Kazuo resolveu tentar ajudar um pouco mais. Falou com os amigos e encontrou, no grupo do futebol, o Marcelo, que trabalha com tecnologia e tinha um notebook usado que podia ser doado. Aqui no Quero na Escola, costumamos apoiar apenas os encontros de pessoas, mas abrimos uma exceção e fomos buscar e enviar o computador pelo correio.

“Eu confesso que fiquei até desconfiada quando me contaram”, contou Emanuelle. Por alguns motivos, a entrega demorou a dar certo, mais de um mês depois, finalmente a adolescente tem acesso a novas ferramentas. “Posso fazer muito mais agora”, comemora.

Kazuo é o criador da KazuEduca, que visa atuar com jovens e adolescentes de escolas públicas em temas como educação financeira, orientação profissional, incentivo à leitura e projeto de vida. “Sempre frequentei a escola pública até me formar na faculdade. Construí uma história de mais de 30 anos na área de tecnologia e no setor financeiro. Sou muito grato pelas chances que a educação pública me proporcionou”, comenta.

Sabia que muitos outros estudantes também não conseguem acessar ferramentas completas de edição de texto, planilhas e outras possibilidades importantes por falta de computador? Se você tem um parado aí, estamos buscando mais um!

Conheça o Quero na Escola

Demanda por combate à depressão cresce nas escolas

quero na escola, reprodução apenas para divulgação do projeto

Depressão, ansiedade, suicídio: um trio de palavras que a gente não gostaria de ver associado à juventude. Mas, infelizmente, são questões cada vez mais inescapáveis para as escolas. Em pesquisa divulgada hoje pelo Porvir, 64% dos estudantes disseram que gostariam de contar com psicólogos na sua vida escolar. No Quero na Escola, o tema não para de crescer. Como já dissemos no ano passado, realizamos ações com voluntários, mas reforçamos a demanda de alunos e educadores para que haja profissionais regularmente nas escolas.

Em 2019, foram nove ações realizadas em escolas públicas a partir de pedidos de estudantes sobre depressão. No mês passado, durante o Especial Professor, outras quatro ocorreram por chamados dos educadores. Em uma delas, a professora de Psicologia na Faculdade de Educação da USP, Katia Cristina Silva Forli Bautheney foi a escola estadual Jorge Luis Borges, de São Paulo, e falou com mais de 300 alunos sobre o tema, a pedido da professora Joselene Rodrigues. “Já conversamos sobre meios de prolongarmos nossa parceria” comentou Kátia, apontando a necessidade de pensar em ações a médio e longo prazo sobre esse tema.

voluntário quero na escola
Para falar do assunto, voluntário visitou escola por dois meses para criar relação com jovens

Em Valinhos, interior paulista, a professora Elisa Santos, da escola municipal  Governador André Franco Montoro, conta que pediu ajuda com este tema porque tem muitos alunos com crise de ansiedade, síndrome do pânico e outras questões pra as quais falta formação dos educadores. O estudante de psicologia João Paulo Sampaio
atendeu ao pedido com duas atividades e visitas semanais por dois meses para estabelecer uma relação com os jovens. “A forma como foi feita a atividade, em um lugar aberto fora da sala de aula, e a relação que estabeleci ajudou para que participassem e colocassem suas opiniões”, avalia.

Os alunos também mantém o tema entre os mais importantes. “A empatia é importante. Não sabemos o que se passa na vida das pessoas e devemos ajudar”, comentou Rayra Alves Lopes Gonçalves, ao inscrever o tema para a escola estadual Odair Martiniano da Silva Mandela, onde estuda, em São Paulo. A voluntária neste caso, foi a estudante de Turismo Giulia Ximenes, que compartilho experiências próprias.

Em Ferraz de Vasconcelos, grande São Paulo, o tema foi atendido duas vezes este ano na escola estadual Carlindos Reis. Na mais recente, Thais de Sena Giovanini, voluntária social certificada em vários projetos de cuidado e respeito a vida e diagnosticada com depressão há anos que compartilhou saberes do tema com turmas de vários horáraios. A estudante autora do pedido, Nathalia Aguiar Da Silva, resume a urgência. “Depressão é sério e pode causar mortes.”

O Quero na Escola atende a demanda de estudantes de escolas públicas por conhecimentos além do currículo obrigatório com a participação de voluntários. Inscreva-se

Quero na Escola Especial Professor termina com novo recorde de participação

O mês dos professores foi repleto de voluntários presentes nas escolas públicas. O Quero na Escola Especial Professor, nossa parceria com a Fundação SM em que recebemos pedidos dos educadores por colaboração terminou com recorde de participação. Nesta 4ª edição, 70 atividades foram realizadas em 16 municípios de seis estados do País. Ao todo, 42 escolas foram contempladas. Em 2018, foram 48 atividades.

O Estado de São Paulo concentrou a maior parte das ações nas cidades de Valinhos, São Paulo, Guarulhos, Mogi Mirim, Osasco, Conchal, Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo e Junqueirópolis. No estado do Rio de Janeiro passamos por Duque de Caxias, Niterói e Rio de Janeiro. A atividade de Pernambuco foi em Recife, nossa intervenção em Santa Catarina foi em Florianópolis, na Bahia foi em Salvador e, no Paraná, em Almirante Tamandaré. 

Ao ouvirmos o que os educadores queriam aprender, ou que conteúdo gostariam de apresentar para os seus alunos a partir de novos parceiros, recebemos demandas por diversas expressões artísticas, assuntos urgentes como depressão, sexualidade e racismo, atividades mão-na-massa como horta e robótica e muitos pedidos inéditos. Dentre eles, foram atendidos pela primeira vez os educação no trânsito e criação de podcast e exercícios de fonoaudiologia, por exemplo.

Algumas ações se prolongaram por diferentes encontros e outras prometem continuar pelo restante do ano ou mesmo dar início a parcerias locais que podem continuar em outros anos letivos. Já retratamos em outros textos e imagens por aqui atividades com foco em emoções, corpo e filosofiaXadrez, Contação de Histórias e Comunicação não-violenta.  Além da vivência para professores e alunos, algumas ações deixam marcas que alcançarão não só os atuais como futuros alunos, como foi o caso da pintura do alfabeto em libras no muro de uma escola de Florianópolis.

Os professores querem uma sociedade participativa e ciente do seu papel fundamental na educação. Prova disso, são os mais de 260 pedidos recebidos neste ano. Nossa missão com o Quero na Escola Especial Professor é ouvir os educadores, construir pontes, trazer diálogo e inovar o cotidiano escolar. Esperamos que os presentes tenham levado aos educadores uma mensagem clara de que há sim muita gente que sabe o valor e a importância da escola pública.

Seguimos juntos no restante do ano com o Quero na Escola, em que são os estudantes os autores de demandas por aprendizados além da grade curricular.

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Podcast chega ao Quero na Escola Especial Professor

Por Paula Cavalcante 

A expectativa por podcasts chegou às escolas públicas. A gravação de programas de áudio apareceu no Quero na Escola Especial Professor, nossa parceria com a Fundação SM, pela primeira vez este ano – e foi um sucesso. O pedido foi solicitado pelo professor Robson Candeias, diretor da escola estadual Cyrene de Oliveira Laet, de São Paulo, e foi atendido por dois voluntários super entendidos do assunto: Isabel Wittmann, podcaster desde 2004 e Felipe Caldo, atualmente produtor de conteúdos, por exemplo, para o o Theatro Municipal de São Paulo.

Segundo o diretor, a ideia de oferecer a atividade como presente aos professores surgiu da vontade de desenvolver um podcast entre os professores e alunos do grêmio estudantil. Esta é uma ferramenta de comunicação que vem ganhando adeptos especialmente entre os jovens. Dois grupos diferentes tiveram contato com a ferramenta por meio da atividade do Especial Professor.

podcast quero na escola
Voluntária Isabel Wittmann com estudantes e professores

Isabel, podcaster do Feito Por Elas, conversou com educadores do período da manhã e três estudantes do grêmio. “Os professores foram muito participativos. Eu também levei alguns equipamentos e fiz umas demonstrações na escola, para mostrar na prática. Eles pediram pra ouvir um trecho do meu podcast já editado e finalizado, para compreender como fica o produto final depois das etapas do processo e presentei”, comentou.

Felipe falou com 14 educadores do período da tarde. “É um assunto novo, acho que os professores ainda não sabiam muito bem como usar e a utilidade. Foi ótimo, gostei muito”, contou.

O coordenador pedagógico da escola, Wilson Gomes, falou sobre a busca de incluir tecnologia para o desenvolvimento das aprendizagens e facilitar o trabalho entre professores e alunos. “Chama atenção, amplifica horizonte, dá um novo significado ao conteúdo estudado”, opinou.

Continue acompanhando as ações do Especial Professor de 2019, também no nosso Facebook e Instagram! Para nós, no mês do professor o maior presente é a presença.

Professores aprendem técnicas de comunicação não-violenta

Conseguir estabelecer um diálogo autêntico e efetivo tem o poder de melhorar as relações entre as pessoas. Dentro de um colégio, espaço que reúne centenas de alunos, funcionários e familiares, esse potencial pode ser multiplicado. Foi o que aconteceu na escola estadual Leda Guimarães Natal, de São Paulo (SP), onde aproximadamente 50 professores participaram de um workshop sobre comunicação não-violenta, oferecido pelos voluntários Marcelo Akamine e Luiz Eduardo Alcantara. 

Os professores da escola receberam a formação graças ao pedido que o professor Márcio Melo fez ao Quero na Escola Especial Professor. Para ele, a atividade foi enriquecedora e desafiadora. “Entender a técnica da comunicação não-violenta assegura uma comunicação mais ampla, justa e direta, partindo do autocontrole, confiança e segurança”, disse Márcio, ressaltando que as técnicas são tanto para a fala como para a escuta. 

O docente também elogiou a forma como os dois voluntários conduziram a atividade, que durou três horas. “A dinâmica proporcionou aos professores a sensação de ora ser professor e ora ser aluno, trazendo experiências e incômodos do dia a dia”, relatou.

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Para Marcelo, que atuou como voluntário do Quero na Escola pela segunda vez, a nova participação trouxe mais aprendizados, assim como grande satisfação pessoal. “Eu me sinto agradecido pela oportunidade de levar um pouco da minha paixão pela comunicação”, afirmou. No ano passado, Marcelo fez uma ação sobre Mediação de Conflitos na escola estadual Lasar Segal e diz estar disposto a continuar atuando como voluntário nas escolas públicas. 

A escola Leda Guimarães Natal também já havia participado do Quero na Escola Especial Professor. No ano passado, a pedido do professor Alan Clynger do Nascimento, os docentes receberam orientações de uma psicóloga sobre como ajudar alunos com baixa-autoestima. 

O próprio tema comunicação não-violenta já é recorrente. No Especial Professor de 2018, foram realizadas duas ações sobre comunicação não-violenta, uma delas pode ser conferida com mais detalhes aqui . O Especial Professor 2019, uma parceria do Quero na Escola com a Fundação SM,  continua com entregas de presença até o fim de outubro! Continuem acompanhando nosso blog e as redes sociais para saber mais! 

Voluntária pinta alfabeto em Libras em muro de escola a pedido de professora

Gisele Bastos Sidronio de Freitas, professora do projeto integral de contra-turno da escola básica Henrique Veras, em Florianópolis, tem feito um importante trabalho para que seus alunos não ouvintes, que atualmente são três, estejam bem integrados com todos. Nos anos iniciais, todos os estudantes estão aprendendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e foi pensando em deixar isso mais vibrante para toda a comunidade que ela enviou sua demanda ao Quero na Escola Especial Professor, parceria com a Fundação SM:  “Pintura do alfabeto em Libras no muro da escola”.

Quero na Escola
Voluntária estuda para arte. Foto: Save The Love

A artista visual e arte-educadora Monique Cavalcanti, conhecida como Gugie, havia acabado de realizar um sonho de pintar um painel de 10 andares no centro da capital catarinense e quando viu o pedido da diretora pensou que era uma forma de “devolver o sentimento de gratidão”.

Apesar de ter algum contato com Libras por conta de um amigo surdo, Gugie nunca aprendeu o idioma e foi à escola para ser, em suas palavras, “ferramenta de transformação” e dar vida aos pensamentos de Gisele. “Os alunos começaram a interagir na hora, foi muito gratificante”, conta a artista, que levou para a pintura sua filha caçula, Cássia, de seis meses.

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“Artista, arte-educara e mãe”, foi como Gugie se apresentou ao Quero na Escola. Foto: Save The Love

Além do Quero na Escola, Gisele procurou o grupo local “Pinta Lagoa” para colaborar com artes sobre outros temas. Sua ideia inicial era fazer ao menos um mural, no entanto, todas as demandas foram atendidas e várias paredes pintadas. No dia da ação, a professora se dividia entre acompanhar as pinturas que aconteciam na quadra, cuidar da pequena ajudante de seis meses e apoiar uma gincana que acontecia em paralelo.

Ela, que achava que talvez não conseguiria a pintura da língua de sinais por saber que o Quero na Escola atua a partir de São Paulo, ficou surpresa pela equipe ter entrado em contato rapidamente. “Eu rezei pra não chover no dia dessas pinturas. Queria fazer a interação entre os alunos, porque até o 5º ano as crianças têm aulas de libras. E os grandes queriam também. Em apenas três aulas, eles já aprenderam o alfabeto inteiro e ficam conversando entre eles”. Ao final do dia, os alunos já imitavam os sinais desenhados no muro, pedido feito pela professora.

Professora Gisele e artista Gugie falam com a mão na foto o que se traduz como “com amor”. Foto: Save The Love

Terminado o trabalho, Gisela e Gugie posaram juntas para uma foto que fala em Libras e a tradução para a Língua Portuguesa é “com amor”. “Durante a semana ouvi inúmeros elogios de alunos e pais. Estamos gratos por este presente em forma de arte”, concluiu.

queronaescola.com.br
Escola Básica Henrique Veras após ação de grafite. Foto: Save The Love

Veja outras ações realizadas pelo Quero na Escola Especial Professor em 2019

Voluntário afina piano de escola pública

músico voluntário e estudante

Bem no meio das férias, o estudante Álvaro Samuel de Oliveira Batista, 15 anos, saiu de Guarulhos onde mora na sexta passada para ir a sua escola técnica estadual Carlos de Campos, no Brás, em São Paulo. Em março deste ano, ele pediu ao Quero na Escola um voluntário para ajudar com a manutenção de um piano que há anos servia apenas de decoração na escola. O músico, locutor e compositor Raphael Zarella, se prontificou para ajudar, mas morando no interior e pai de 4 crianças, inclusive bebês gêmeos, ele só conseguiu nas férias.

A atividade estava marcada para às 14h, mas como tinha um compromisso às 20h em outro bairro, Raphael chegou mais cedo, às 13h. Álvaro por outro lado foi pego de surpresa pela suspensão do passe escolar gratuito durante o recesso escolar. “Peguei o ônibus intermunicipal e funcionou normalmente, mas quando cheguei no metrô, não funcionou. Fui andando do Tietê até o Brás, tentando ser rápido, mas levou meia hora”, lamenta.

Quando chegou, o voluntário já havia sido recebido pelos funcionários e desmontado o piano. “Eu não fazia ideia como era um piano por dentro e como se fazia para arrumar, quando vi fiquei surpreso”, comentou o jovem.

Ao todo, foram cinco horas de trabalho. O músico afinou, consertou o pedal, colou o feltro, passou aspirador e lustra móveis. “Ele tem um audição maravilhosa, ficou lá horas de pé, eu acho que se soubesse o tamanho do trabalho, não tinha tido coragem de pedir, mas ele sabia e atendeu sem nada em troca”, admirou-se o estudante, que já foi atendido por outros voluntários do Quero na Escola desde o fim do ensino fundamental e, inclusive, escolheu o curso técnico que prestaria depois de uma palestra que recebeu de outra voluntária.

Piano da escola, após as cinco horas de trabalho
Piano da escola, após as cinco horas de trabalho

“Fiz o que pude”, comentou Raphael, elogiando também o aluno. “Um amor de moleque, 15 anos e uma cabeça boa, ficou do meu lado o tempo todo, foi massa.”

A diretora Lucimeire Gonzaga de Oliveira acompanhou a ação. “Ele foi muito prestativo, imagino a felicidade dos alunos quando voltarem do recesso”, comentou. Assim, esperamos também!

O Quero na Escola é um projeto em que estudantes pedem ajuda com algo além do currículo obrigatório das escolas. Os pedidos ficam no site queronaescola.com.br, quem pode ajudar se cadastra e fazemos a mediação para que mais pessoas participem da educação pública.

Estudantes aprendem a cozinhar em quatro encontros práticos

Cozinhar é um dos aprendizados mais essenciais para formar cidadãos com autonomia e foi o pedido da estudante Ana Luiza Félix, da Escola Estadual Professora Maria Juvenal Homem de Mello, no Grajaú, zona sul de São Paulo ao Quero na Escola.  O resultado é uma das atividades mais bacanas que já tivemos no projeto.

O cozinheiro, jornalista e educador Guilherme Petro desenvolveu uma atividade em 4 encontros tanto para a protagonista do 8º ano quanto para outros 29 alunos que se interessaram e participaram juntos. Cardápios: macarrão na primeira aula, arroz com estrogonofe de carne na segunda, lasanha de berinjela com salada na terceira e o fechamento com bolo de chocolate com ganache e caramelo. Tudo isso na cozinha dos professores e temperado com muita dedicação de todos os envolvidos.

Numa das visitas, a estudante de Educomunicação da Universidade de São Paulo, Verônica Lopes, acompanhou a atividade e produziu o vídeo abaixo.

Esta atividade contou com o apoio do Instituto Singularidades para a compra de  ingredientes e o auxílio do supermercado Gualtieri, vizinho à escola, que fez as entregas no dia agendado para cada ação.

Estudantes de escolas públicas de todo o País que querem aprender algo além do currículo podem se inscrever no Quero na Escola. Para ver pedidos clique aqui e se quer ajudar de outra forma, aqui.

Artistas grafitam escola em Diadema e alunos falam das obras

Por Natália Sierpinski 

“Nossa melhor arma é o respeito” é agora uma frase que pode ser lida todos os dias na escola estadual Diadema, no município de mesmo nome da Grande São Paulo. Na mesma parede, mais a frente, lê-se “respeito e educação transformam” e ao redor há cores e representações de livros e pessoas assinados por sete grafiteiros voluntários do Quero na Escola, que passaram um sábado inteiro pintando as paredes. 

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O resultado foi bem recebido pela coordenação e alunos da escola. “Ficou linda, fiquei encantado com o talento dos artista que vieram” comentou o coordenador Talles Amorim. Ele acompanhou o processo da pintura e o acolhimento, que  incluiu até uma macarronada para os voluntários. “Achei que ficou muito bom, deu vida as paredes” comentou o estudante Henrique Araujo Silva.

Mariana Fonseca Paes foi a  voluntária do Quero na Escola que convidou os outros artistas para a atividade. “Todos adoraram pintar na escola” 

Nas semanas seguintes, a partir de uma mediação feita nas aulas de artes, novos relatos surgiram. As alunas Ana e Letícia do 9º ano mandaram um agradecimento para os voluntários e para o projeto: “Eu queria agradecer pelos grafites que vocês fizeram aqui no pátio da escola, eu achei que trouxe mais vida e mais cores pra escola e todos com mensagens de educação e respeito trazendo um significado”, diz Ana.”Achei a escola muito mais alegre, os desenhos ficaram lindos” complementou a colega.

O quarto ano também fez uma visita aos grafites e o relato deles foi por escrito:

 

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Esta ação teve o apoio do Instituto Singularidades, que forneceu a tinta necessária. Os grafiteiros foram por conta e alguns ainda somaram aos materiais usados. Para quem quiser conhecer mais do trabalho dos artistas, aqui vai o Instagram de cada um: Mariana Fonseca Paes, Khaku Figueiredo, Lena, MW de Jesus, Mota, Franticspray, Lucas Lago Scarabotto, Phillipe Baatsch e Duck.

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E você estudante quer levar mais cor e reflexão para a sua escola? Nos mande um pedido em www.queronaescola.com.br! Para quem quiser ser voluntário, é possível ver os pedidos disponíveis aqui ! Se você quiser contribuir com doação de material ou financeira para esse tipo de atividade que demanda um custo específico, contribuir aqui.